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Como captei 75 mil reais apenas com pessoa física via Lei Rouanet em um mês!

Flávio Nardelli

Como captei 75 mil reais apenas com pessoa física via Lei Rouanet em um mês!

Quem acompanha a #ArteEmCurso sabe quem sempre falamos bastante sobre meios de como fazer com que o artista alcance o seu sonho de viver de arte, e sem sombra de dúvidas um destes meios é a famosa Lei Rouanet.

Batemos muito a tecla nesta lei em todas as nossas redes e materiais que produzimos, e junto com ela vem também a captação de patrocínio que falamos tanto. Mas, a maioria das pessoas foca bastante na busca de grandes empresas, ou pelo menos empresas solidificadas, tentando conseguir a verba para o seu projeto. 

Porém, alguns artistas se esquecem das outra possibilidade de captação, e eu, Flávio Nardelli, vou te contar como eu consegui 75 mil reais de patrocínio para o meu projeto apenas com pessoa física.

Pessoa Jurídica x Pessoa Física

Mas antes de te contar a minha história, preciso te explicar algumas coisas sobre captação. Primeiro, se você é assíduo nas redes sociais da #ArteEmCurso, com certeza já sabe como funciona a Lei Rouanet, mas caso ainda não saiba vou dar uma breve resumida.

A Lei Rouanet é uma lei de incentivo a cultura, onde parte do dinheiro dos impostos pagos pela população podem ser destinados exclusivamente para projetos culturais, e quando eu digo “população”, quero dizer pessoas jurídicas e físicas. Caso queira saber mais sobre a Lei Rouanet, já fizemos um artigo dedicado somente a ela, vale a pena a leitura.

Porém, para que a pessoa física se torne elegível para ser uma patrocinadora de algum projeto cultural através da Lei Rouanet, ela precisa antes fazer a declaração do imposto de renda de forma completa, pois assim ela pode ter até 6% do valor total pago destinado à Lei Rouanet.

Vou dar um exemplo: se uma pessoa precisa pagar R$100 mil de impostos e declarar este valor de forma completa – sem ser a declaração pelo modelo simples – ela pagará R$94 mil de impostos e irá depositar R$6 mil no projeto escolhido, aprovado pela Lei Rouanet. Ou seja, ela irá abater mesmo 100% do valor patrocinado, deixando de dar pro Leão e dando pro seu projeto cultural.

Vale lembrar, que a pessoa física que optar por patrocinar um projeto cultural, terá até o último dia útil do ano para realizar o depósito, e este será abatido do imposto de renda quando for cobrado. Além disso, este valor pode ser restituído caso tenha sido retido, a Lei Rouanet em nada atrapalha nesse sentido.

A minha experiência de captação SOMENTE com pessoa física!

Eu como artista de longa data que sou, com quase 20 anos de carreira divididos entre música e teatro, aprendi que o networking é um dos pilares do sucesso. Ao longo do tempo fiz muitos amigos, amigos esses que sempre me ajudaram em diversas situações, assim como eu também os ajudei quando precisaram.

Mas por que estou dizendo isso? Porque o patrocínio por pessoa física requer quantidade de patrocinadores, é muito difícil conseguir o valor total logo de cara. Tanto que tive que vasculhar um pouco minha rede de contatos e amigos para conseguir o valor total do meu projeto, que era de 75 mil reais. Para conseguir este valor eu precisei de 20 pessoas.

Calma, não se assuste! Apesar do número, dependendo da sua rede de contatos pode ser muito mais fácil captar com pessoas do que com empresas, pois o contato é muito mais fácil. Não precisa passar por departamento de marketing ou qualquer outro lugar que te mandem, é simplesmente você conversando com um amigo sobre o seu projeto, e este amigo tendo a possibilidade de te ajudar sem gastar nada a mais por isso.

E por falar nisso, não vai achando que por ser amigo que você não vai ser profissional, hein?! Ainda que a captação seja feita por meio de pessoas físicas, é necessário sim montar uma apresentação de patrocínio com design bem feito, criar contrapartidas para seus contatos, e ter o mesmo foco e preparo que você teria se estivesse conversando com uma empresa. O profissionalismo é super importante, para não passar aquela impressão chata de que você está pedindo dinheiro. Aliás, vale citar a possibilidade da pessoa ser restituída do valor doado ainda com a correção do investimento pela SELIC (que é uma ótima forma de quebrar objeções). Ou seja, é um investimento tão seguro e melhor do que o tesouro direto, pois não incide imposto de renda.

Por isso eu montei toda uma apresentação do meu projeto e fui conversando com vários dos meus amigos, para que no fim de tudo eu conseguisse finalmente juntar o valor que precisava para dar vida ao meu projeto. Para que eles soubessem de uma maneira prática como doar, eu mostrava a calculadora do site Ir do Bem!

Onde posso aprender a como captar por meio de pessoa física?

É um processo um pouco burocrático, mas isso nem de longe é algo ruim, pelo contrário! Com um método mais criterioso a Lei garante que apenas os artistas realmente interessados possam usufruir dela. Meu lema é: a burocracia serve pra filtrar quem está realmente interessado.

Há um tempo atrás, eu próprio fiz um vídeo no canal da #ArteEmCurso justamente ensinando o passo a passo de como fazer todas as etapas da captação de patrocínio via pessoa física, tudo explicado e desenhado. 

 Espero que eu tenha aberto os olhos de vocês com minha história para novas possibilidades de tornar o seu sonho de viver de arte ainda mais real, porque esse é o meu objetivo para com você!

Flávio Nardelli, fundador da Arte em Curso e do método Viver de Arte.

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