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Como não errar na escrita de um projeto para editais culturais

Como não errar na escrita de um projeto para editais culturais

Aqui no blog sempre estamos dando dicas valiosas para montar o seu projeto, e uma coisa importantíssima a qual devemos nos atentar é a forma como ele é escrito. Pense comigo: um projeto mal elaborado e todo composto de textos enormes que poderiam ser resumidos em poucas frases tem mais ou menos chances de conseguir ser selecionado? Você, do lado daí, sabe a resposta.

Em uma live que fizemos pouco tempo atrás, com a atriz, cantora e produtora cultural Naiara Lira, levantamos alguns pontos que são muito importantes para um projeto bem escrito e com grandes chances de aprovação. Vamos conferir quais são eles?

  1. Conheça seu parecerista

LEIA O EDITAL INTEIRO! Quando falamos em conhecer o seu parecerista, é necessário que você entenda bem o edital pra qual está submetendo seu projeto, a fim de entregar uma proposta coerente com o que o edital deseja. Se for um edital de secretaria de cultura, é provável que o parecerista esteja preocupado com os aspectos artísticos do seu projeto. Se for um edital de empresas, ele estará mais interessado nas contrapartidas que você tem a oferecer. Aqui na Arte em Curso nós falamos bastante da importância disso, e realmente faz toda a diferença. Se for um edital da Natura, por exemplo, é interessante linkar o seu projeto com ações voltadas ao meio-ambiente. Pesquise principalmente em redes sociais, onde o conteúdo é frequentemente atualizado.

  1. Apresente um bom portfólio 

Quando o seu projeto estiver sendo analisado, saiba que essa avaliação será feita única e exclusivamente por aquilo que está escrito. Parece óbvio, não? Mas é que muitas pessoas pecam no portfólio ao colocarem inúmeras experiências que não condizem com o projeto que pretendem executar ou então sequer atualizam a sua bagagem. Saiba falar de você, mostrar as suas competências e, no futuro, lembre-se de sempre registrar os trabalhos com os quais você está envolvido, pois quanto mais completo (e por completo, entenda objetivo e voltado para a área desejada!) o seu portfólio, melhor. Fizemos um vídeo pra te ajudar a montar seu portfólio aqui.

  1. O seu projeto é agradável de ler?

Um projeto claro e objetivo já possui mais chances de aprovação. Tente sintetizar o que você quer executar de forma clara, trazendo referências e, como a Naiara cita na live, seja “poético”! Traga uma leitura que o parecerista goste de ler e que o faça se interessar pelo projeto. Aqui, vale até uma base de estudos em Storytelling – isto é, transformar um simples texto em uma narrativa envolvente, uma história onde quem lê acaba se envolvendo e quer saber o desfecho.

Além disso, o texto deve ser completamente entendível: verifique a ortografia, a coerência das ideias apresentadas e o quão claro você está sendo. Nesse caso, vale você pedir para alguém com experiência na área ler o projeto e verificar se existem brechas.

  1. Tenha um orçamento detalhado e específico:

É importante pensar em cada custo, do mínimo ao máximo, que você terá na execução do seu projeto. A parte orçamentária conta muito na pontuação da sua avaliação, e a falta de detalhamento pode (e vai!) te prejudicar. Além disso, atente-se no teto de gastos do projeto e suas especificidades (qual a porcentagem do orçamento destinada às áreas de trabalho da execução do evento). Se você não sabe o preço de algo, faça orçamentos e pesquise bastante, mas não deixe de colocar nenhum item. Uma dica é usar a tabela FGV de orçamentos para a cultura (Mão de obraServiços), para saber a média de preços de mercado. Como a tabela é de 2012, atualize os preços de acordo o índice IPCA. Temos um artigo no blog onde contamos detalhadamente como elaborar um orçamento para eventos culturais.

E aí, gostou das dicas? Fique atento ao nosso Instagram e YouTube, por lá sempre estamos dando informações valiosas para você que deseja viver de arte! 

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