Crowdfunding: quais as fontes de recurso que um projeto pode ter?
Na hora de fazer o seu projeto cultural ganhar vida, é preciso coletar os recursos do jeito certo — até mesmo porque, a cada dia, é menos comum e indicado recorrer a um único patrocinador. Tendo isso em vista, uma das possibilidades tem a ver com o crowdfunding.
Essa modalidade de arrecadação ganhou importância nos últimos anos e tem atraído a atenção de produtores culturais. Mas você sabe como aproveitar corretamente as fontes de captação que estão disponíveis?
A seguir, entenda melhor o papel do crowdfunding nas suas realizações culturais e descubra como aplicá-lo! Não perca!
Afinal, o que é o crowdfunding?
O termo cunhado em inglês é a tradução da expressão “financiamento coletivo”. Um processo de arrecadação de recursos do tipo conta com uma meta a ser atingida (ou superada) e diversas pessoas contribuem com valores, de acordo com suas possibilidades e seus interesses.
De certo modo, o financiamento é uma evolução do que sempre foi conhecido como “vaquinha”. Com a participação coletiva, é possível alcançar um resultado do interesse de todos — nesse caso, a realização cultural.
A diferença é que, para projetos do tipo, é comum oferecer “recompensas” de acordo com o valor doado. Ao produzir um evento cultural, por exemplo, as diferentes contribuições originam materiais promocionais, ingressos ou até agradecimentos especiais e divulgações.
Em geral, a arrecadação é feita em sites e aplicativos exclusivos. Há uma cobrança de taxa em cima do montante obtido e é obrigatório cumprir com todas as recompensas oferecidas.
Por que é interessante recorrer à modalidade?
Independentemente de onde ocorra o crowdfunding, essa é uma possibilidade bastante atraente. O motivo principal é a diluição da participação de cada um. Imagine um projeto cultural que precisa captar R$ 100 mil para ser realizado.
Solicitar esse valor para apenas um indivíduo torna o processo menos persuasivo, já que encontrar a pessoa, física ou jurídica, adequada e disposta a dedicar um total tão expressivo seria fundamental.
Por outro lado, ao contar com o suporte de 200 participantes, o valor médio de apoio cai para apenas R$ 500. Como consequência, patrocinar um projeto via crowdfunding é muito mais acessível.
Para os produtores culturais, isso significa ter mais oportunidades de captação. Além de acelerar o processo, diminui a dificuldade para convencer os participantes a se envolverem com a realização. Mesmo diante de um “não”, a grande quantidade de pessoas elegíveis para o patrocínio evita que a etapa fique estagnada.
O que as leis de incentivo têm a ver com o financiamento coletivo?
Como você viu, o crowdfunding é realizado em sites e plataformas específicas para esse fim. Contudo, o conceito se estende para toda participação coletiva de pessoas que contribuem com dinheiro para um objetivo em comum. Assim, qualquer projeto que é viabilizado por vários apoiadores é, de certo modo, fruto do financiamento coletivo.
O conceito faz com que as leis de incentivo fiscal também permitam a captação de recursos de maneira colaborativa. O apoio financeiro por meio de incentivo fiscal feito por vários indivíduos configura um processo de crowdfunding, com a diferença que tudo é feito fora das plataformas específicas.
Para entender melhor, considere a Lei Rouanet. Além de permitir a doação de 4% do Imposto de Renda das empresas, a lei garante que pessoas físicas possam doar até 6% do imposto devido ao leão da Receita Federal.
Alguém que ganhe 20 mil líquidos por mês paga, em média, R$ 80 mil de Imposto de Renda. Por ano, o indivíduo pode oferecer até R$ 5 mil para projetos com a captação aprovada.
Como resultado, o produtor cultural não precisa ir atrás apenas de empresas, já que os próprios amigos, parceiros e parentes dos artistas podem contribuir com os valores necessários para viabilizarem o projeto. Dez amigos próximos podem resultar em 50 mil de patrocínio.
Quais são os benefícios de utilizar as leis de incentivo para captar recursos?
O crowdfunding é uma fonte interessante e cada vez mais famosa para financiar projetos. Contudo, o crowdfunding por meio das plataformas tradicionais, como catarse e benfeitoria, não é a possibilidade com maior volume de pontos positivos.
Algumas desvantagens dessas plataformas incluem o grande pagamento de taxas e a dificuldade em atingir os valores para viabilizar o processo. Na maioria das vezes, as contribuições são pequenas e os prazos estipulados não são longos, o que aumenta a pressão sobre os produtores.
Já as leis de incentivo se mostram especialmente vantajosas para que quer captar pelo modelo de crowdfunding. A própria Lei Rouanet facilita a vida de quem apoia e de quem capta recursos. Por funcionar com o mecanismo de abono fiscal, a doação sai de graça, na prática.
No exemplo dado, quem oferece R$ 5 mil ao ano para projetos terá um desconto de valor equivalente na próxima declaração. Com isso, há uma redução no montante a ser quitado junto à Receita.
O mesmo não acontece em uma plataforma de crowdfunding. Ainda que o projeto seja igual, ele não tem a autorização de captação pelo órgão competente. Como consequência, o incentivo não pode ser lançado e nem descontado da declaração.
O mecanismo simples da lei também faz com que seja muito mais vantajoso para o produtor cultural convencer os apoiadores. A isenção de impostos faz os olhos brilharem e garante que a proposta seja aceita em menos tempo. Como é a opção mais simples e atraente de todas, e os montantes doados são maiores e não geram custos para o apoiador, é possível atingir a meta em um curto período.
Outro ponto positivo é que, dentro do limite de captação, não é preciso pagar taxas específicas. Se, por um lado, as plataformas de crowdfunding abocanham parte da arrecadação, a Lei Rouanet garante que todo o valor obtido seja direcionado para o orçamento do projeto.
Como aproveitar esses benefícios?
Para conseguir convencer as pessoas a patrocinar o seu projeto é fundamental elaborá-lo do jeito certo. Assim como é preciso caprichar na apresentação em uma plataforma de crowdfunding, o seu projeto, para ser aprovado pelas leis de incentivo, deve conter justificativas e explicações adequadas para obter a aprovação.
Depois que a submissão é feita ao órgão competente e a captação é aprovada, basta ir atrás de apoiadores em potencial. Com o direcionamento certo, logo você poderá cuidar da execução.
Para que tudo isso funcione de um jeito simples, é recomendado ter o apoio de profissionais. Com o auxílio de uma assessoria de projetos culturais, as chances de conquistar a aprovação aumentam, bem como a capacidade de aquisição de apoiadores para a sua ideia!
Por fim, como você pôde ver, o crowdfunding envolve a colaboração de várias pessoas e, portanto, é uma das formas de captação de recursos para projetos culturais. Ao aproveitar a relação entre esse financiamento e as leis de incentivo, você conseguirá resultados muito melhores!
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